O berço histórico da comunidade quilombola, foi beneficiada nesta segunda-feira (31), com o Projeto Interinstitucional pela Cultura de Paz na Escola na Formação de Professores. Pela primeira vez no município de Cavalcante, a iniciativa possibilitará aos professores e profissionais que atuam na rede de educação local novas formas de relacionamento nas unidades educacionais a partir de estratégias de convivência e conhecimento sobre a comunicação não violenta, saúde emocional e autocuidado. Ele também contribuirá para a prevenção e a transformação de conflitos com foco na construção de uma cultura de paz, além de fortalecer a Rede de Proteção da Criança e do Adolescente local.

A ideia de implantar o projeto na região surgiu a partir da realização do Programa Escuta nas escolas rurais e urbanas de Cavalcante, Campos Belos, Monte Alegre e Teresina de Goiás (distrito judiciário de Cavalcante), nos meses de abril e junho deste ano, que auxiliou no combate aos crimes sexuais contra crianças e adolescentes. Em seguida, a equipe da Divisão Interprofissional Forense (DIF) da Corregedoria nas escolas locais sentiu a necessidade de implementar ferramentas dialógicas para ajudar a solucionar o crescente número de conflitos no ambiente escolar.

Em vista disso, a solicitação para uma ação formativa com todos os professores, auxiliares educativos e servidores administrativos objetivando a comunicação não violenta, a saúde emocional e o autocuidado, primordiais para as relações e ambientes de convivência saudáveis, foi feita à Corregedoria pela Secretaria Municipal de Educação de Cavalcante, que foi prontamente atendida pelo corregedor-geral da Justiça de Goiás, desembargador Leandro Crispim.

Assim que o planejamento for posto em prática os educadores passarão a usar a metodologia que promove processos de diálogo, nos quais se intenciona criar um espaço de compartilhamento que traga luz aos participantes acerca dos seus próprios sentimentos e julgamentos, a fim de discutir questões e solucionar conflitos, respeitando a individualidade e o direito de expressar os sentimentos diante da realidade vivenciada, tendo como fundamento a comunicação compassiva.